Estupefacto com a conta astronómica de fraldas que lhe foi apresentada, questionou a coordenadora do Lar.
- O nosso negócio não é fraldas, é prestar cuidados a idosos- respondeu-lhe ela com sobranceria
- Pois… eu tenho um bar e o meu negócio é vender copos, não é vender cafés- retorquiu-lhe
Ela esbugalhou os olhos, atónita, perante a resposta. Não percebeu a subtileza.
Da próxima vez, quando levar as fraldas que comprou no Continente, talvez ele lhe explique. Ou lhe sugira que vá tomar um café ao seu bar... Com aulas práticas, talvez ela perceba melhor.
Ninguém devia nascer para terminar os seus dias em Lares, onde o carinho e o calor humano, que é tão ou mais necessário do que as fraldas, não existe. Eu acho isso tão triste...
ResponderEliminarNão vale a pena ele perder tempo com a coordenadora. Ela nunca iria entender...
Depois... ele não passou a levar as fraldas? :(
Sou eu, a Morgada.
EliminarVer esse cenário à minha volta faz amanhã duas semanas, na Sala de Observações do hospital, velhinhos de fralda, abandonados, a chegarem ao fim, deitou-me abaixo, Carlos.
ResponderEliminarSe já estava mal fisicamente, fiquei de rastos psicologicamente.
E tive que sair dali o mais rápido possível.
Infelizmente é o "pão nosso de cada dia".
ResponderEliminarTemos a nossa mãe num lar (alzheimer) e somos nós que levamos as fraldas.
Beijinhos.